Doenças sexualmente transmissíveis : novembro 2016

SÍFILIS

Um homossexual com 24 anos de idade, chegou à clínica com febre, gânglios linfáticos aumentados, manchas descoradas na pele, especialmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Ele, recentemente, percebeu lesões translúcidas pequenas, acinzentadas, na parte interna do lábio inferior. O médico reconheceu a “erupção macular” nas palmas e nas solas e a lesão do lábio como características da sífilis secundária. O paciente relatou praticar sexo oral, assim como intercurso anal receptivo. Um esfregaço da lesão do lábio do paciente, foi examinada em microscopia de campo escuro e revelou a presença de grandes quantidades de espiroquetas espiralados. O laboratório relatou “sorologia positiva”, indicando a presença de anticorpos característicos para

Treponema pallidum no soro. Esses achados laboratoriais confirmaram o diagnóstico de sífilis secundária. O paciente foi tratado com penicilina, e suas lesões e sintomas diminuíram. Foi considerado curado, em consequência de seus títulos sorológicos para sífilis (os níveis de anticorpos no soro) terem decrescido ao longo dos meses.

CANCRO MOLE

Paciente do sexo masculino, 24 anos, apresentando os seguintes sintomas: Feridas dolorosas com presença de pus no pênis.

Exames solicitados: coloração de Gram

Tratamento: Uso de antibióticos, como azitromicina.

GONORREIA

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Qualquer indivíduo que tenha qualquer prática sexual pode contrair a gonorreia. A infecção pode ser transmitida por contato oral, vaginal ou anal.

Caso clínico:

Paciente do sexo feminino, 29 anos de idade, chegou ao hospital se queixando de alguns sintomas: Sangramentos fora do período menstrual; corrimento com odor; dor e ardências ao urinar. É casada, mas não usa qualquer tipo de preservativo.

Exames solicitados: Coloração de Gram do colo do útero para determinar a presença de qualquer bactéria.

Tratamento: Por se tratar de uma doença bacteriana o tratamento pode ser feito por meio de antibióticos. Além de tratar o paciente, é importante localizar e examinar todos os seus contatos sexuais para trata-los, se indicado.

AIDS

É a síndrome da imunodeficiência humana. Recebe esse nome, porque enfraqueceu o sistema de defesa do corpo e causa o aparecimento de doenças oportunistas.

Caso clínico:

Paciente do sexo masculino, 39 anos de idade, procura ajuda em hospital após saber que um ex parceiro sexual foi diagnosticado com HIV. Ele está completamente assistemático no momento. Revela como antecedente pessoal apenas ferida única e indolor no pênis há cerca de um ano que cicatrizou sozinha.

Exames solicitados: Teste de Elisa; teste de imunoflourescência indireta para o HIV-1.

Tratamento: Consiste no uso de antivirais contra o HIV, que podem retardar significativamente a progressão da doença.